sábado, 3 de setembro de 2011

Percepção

Aos cinco anos achava que só eu tinha mãe.
Aos dez anos achava que o Pai Natal existia.
Aos quinze anos achava que as pessoas eram todas boas.

Aos vinte anos chorava porque tudo isto era mentira,
porque tudo isto inventado por crentes aldrabões,
que em gabanço à sua crueldade,
se fingiam felizes, para nos darem empurrões,
com o maior do balanço,
acertando na minha estúpida ingenuidade.

Agora já não acho mais nada.
Agora já não quero mais nada.
Agora já não reinvento mais nada.
Agora sei que nada é apenas nada
mesmo que me prometam tudo.

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