terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Nunca se esquece um verdadeiro sol. Mesmo que se sinta que nada mais há a uni-lo. E há a falta e há a vida que salta e sai solta e sabemos que nada mais será igual. Mesmo que o cenário mude, o serão mantém-se igual, como aquela gargalhada forte que se dá sempre naquela piada repetida. Depois os cheiros confundem-se e as rotinas alteram-se, mas o intimo mantém-se alerta. Queremos sempre as mesmas respostas, queremos sempre as mesmas graçolas, queremos sempre as mesmas necessidades básicas que só aquela alma conhecia tão bem. Mesmo quando negava saciá-las. E nós desistimos de mostrar as fraquezas aos outros. Nunca as compreenderão, certo? O nosso antigo amor conhecia-nos tão bem e se ele já lá não está, porque haveria outro querer saber de nós? Porque haveria outro conhecer-nos melhor que a nossa sombra?
Podemos sempre tentar. Não é proibido que isso se faça, aliás, até se aconselha. Podemos sempre tentar ser felizes e sempre tentar amar de novo. Resta-nos rezar para que a sorte nos ilumine e transforme a nossa amargura num futuro melhor. É que sentiremos sempre falta. Mesmo que seja uma falta falsa, porque o nosso antigo amor já nos enterrou.

1 comentário:

Diogo disse...

Podemos sempre tentar.