Quando me apontaste o dedo na rua
Quando me apontaste o dedo na rua,
Não entendeste que me acertaste.
Não é que a minha vida seja tua,
nem que mereças que seja eu a
justificar-te.
Mas quando me apontaste o dedo na
rua,
a ferida que ainda sangra,
rebentou.
E não fui eu, não foi ela que se
descoseu,
foi o teu dedo manhoso que a
ficcionou e a rompeu.
Quando me apontaste o dedo na rua,
os meus olhos cobriram-se de
lágrimas.
Não por ti (que nem te conheço)
Mas porque no momento, não virei a
página
e não impus o lugar que eu
mereço.
Sem comentários:
Enviar um comentário