São o que são, porque são, sem explicação e não passam daquele mudismo barulhento -
aquele que diz, que em avanço lento, tudo o que existe desaparecerá -
sem nos podermos ter engrandecido, morreremos sem verdadeiramente termos existido.
Mas depois aparece um som. Parece uma gargalhada? Um coração farto? Uma cara bem encarada?
um gracejo, será? um olhar mais forte, com abraço mole, um riso com sorte,
que se estende a mim? serei eu, lá longe, em miragem alucinante, ou serás tu, a corte,
o cavaleiro mirante?
Esfrego os olhos, meio ensonados, será cansaço, fruto dos trabalhos, ou serás tu, sonho mais amalucados?
Quero rir disso e desconfiar. Desconfio, desacredito, porque custa acreditar.
Serás tu fonte da minha vontade incrivel de querer viver isto?
Espero que não sejas um desejo, nem um anseio, nem a vontade só de um beijo,
espero que sejas o sinónimo, o lugar, a certeza, a música certa.
Não sei porque me sinto ligada a ti. Mas sinto que já existias antes de te conhecer.